A cidade de Suzano está em festa. A equipe de futsal que representa a Liga Suzanense sagrou-se campeã do Troféu Cidade de São Paulo, categoria principal. A vitória tem um significado ainda maior por ter sido em cima do então campeão São Paulo/Santo André, por 2 a 1, e pelo fato de os jogadores do Suzano serem oriundos da primeira divisão.
Suzano fez o primeiro gol logo no início do jogo, com o Pelé, e ampliou o placar no final do segundo tempo com o Tel. O gol Tricolor aconteceu na saída de bola do segundo gol do adversário, depois de passar o tempo todo insistindo no ataque, mandando bola na trave e sofrendo marcação fortíssima. Faltando cinco segundos para o término da partida o São Paulo/Santo André teve uma falta de 10 metros batida pelo Biro que o goleiro Cao mandou pra escanteio. A decisão aconteceu no dia 11 de abril, no ginásio da Federação Paulista de Futsal.
"A final foi do jeito que eu imaginava. Foi nossa proposta de jogo, com marcação forte e jogando no erro deles", disse o técnico do Suzano Willer Fernandes de Oliveira.
Contrário a esse estilo de jogo truncado, porém parabenizando o adversário pela aplicação, Walmir Aparecido de Souza, técnico do São Paulo/Santo André, lamenta a retranca. "Estão abdicando de atacar. Você tem posse de bola o tempo todo, uma hora vai errar e acaba perdendo o jogo. Como treinador eu sempre vou me primar pelo ataque. Nossa arte é o futebol, o drible, o ataque e se Deus quiser vamos reverter a moda da retranca. Mas parabéns ao Suzano, que aplicou o que planejou".
Um dos destaques do Suzano, principalmente na decisão, o ala Davi confirma a aplicação tática. " O Willer falou pra marcar e pegar o contra-ataque. Hoje eles eram favoritos, tiveram que jogar e a gente soube, no vacilo deles, fazer um golzinho. Desde o primeiro jogo foi assim. A gente não treina muito e precisa marcar forte. No decorrer dos jogos o time pegou mais conjunto e começou a fazer gols, entrosar e deu certo", salienta o jogador.
Suzano está participando da divisão especial pela primeira vez. O único jogador com experiência nessa divisão era o Ricardinho (ex-Corinthians), que estava afastado das quadras havia mais de dois anos. "Estou com um bom emprego e não pensava mais em voltar. Mas a proposta do Suzano de treinar à noite nem sempre diariamente, fez com que eu retorna-se", disse Ricardinho, que foi um dos destaques do jogo. O Bicudo também tem experiência de especial mas não entrou no jogo por causa de uma lesão muscular.
"A gente treinou um mês antes da competição e depois não deu mais por conta de contusões e muitos jogos. Nosso grupo é formado por jogadores mais velhos, mas que estão acostumados a jogar juntos no extra-oficial. A gente apostou neles", disse Willer.
O São Paulo tinha a melhor campanha do Troféu São Paulo e podia jogar a decisão pelo empate no tempo normal e na prorrogação. Na fase classificatória o São Paulo fez 11 pontos contra 8 do Suzano. Nessa fase as duas equipes se enfrentaram e o placar ficou em 1 a 1. Na semifinal o Suzano venceu São José por 3 a 1 enquanto o Tricolor empatou com o Corinthians em 3 gols no tempo normal e zero a zero na prorrogação.
O técnico Willer formou o Suzano com Cao, Ricardinho, Pelé, Maradona e Tel; Davi, Osmarzinho, André, Bruno, Bicudo, Fran, Rafael e Rafael II. Não pôde utilizar o pivô Reginho, que estava lesionado.
O São Paulo/Santo André formou com Higor, Caio, Biro, Jaiminho e Carlinhos; Léo, Marcão, Giglinho, Jé, Renato, Fernando, Vinícius, Rodolfo e Polegar.
