Uma história de desportistas

O Jornal do Futsal é uma criação de três jovens voltados para o esporte desde a infância. A paixão esportiva, em particular pelo futebol de salão, levaram os desportistas José Luis Munuera Reyes, sua esposa Márcia Cavalcante Santos Munuera e Júlio César de Souza a criar este veículo, que hoje é fundamental na divulgação do esporte da bola pesada.

Praticantes e torcedores assíduos do futebol, José Luis e Júlio César, assim que se formaram em Jornalismo, em 1987, amadureceram a idéia. Júlio César já tinha essa intenção antes mesmo da formação jornalística. Ele acompanhava a equipe de futsal da Transbrasil, que na década de 80 tinha um time de futebol de salão vencedor. Levou a idéia ao amigo, que de imediato topou, chamou sua esposa para fazer parte do negócio e, em setembro de 1988, lançaram a primeira edição do Jornal do Futsal.

A princípio a periodicidade era quinzenal. Porém, as dificuldades financeiras para tocar o negócio fizeram com que em 1989 a publicação fosse mensal. Nessa oportunidade o Júlio César começou a trabalhar num programa esportivo voltado para o futebol de salão, de uma emissora de rádio de Santo André, acumulando com seu trabalho dentro da Transbrasil, onde hoje trabalha na assessoria de imprensa.

Acabou não tendo muito tempo para o Jornal do Futsal e foi se desligando paulatinamente. Mas a bola não caiu, pois José Luis e Márcia tocaram o negócio até hoje. Já no final de 89 o jonal voltou a ter periodicidade quinzenal, como hoje ainda o é. Dentre muitos importantes trabalhos Jornal do Futsal se destaca com algumas reportagens que estão marcadas na sua história.

Com a integração do Brasil na Comissão de Futsal da FIFA, as regras foram mudando quase que semanalmente, pois o futebol de salão praticado aqui se uniu ao futebol de cinco, praticado principalmente na Europa. Aliás, um esporte criado pela própria FIFA para combater o futebol de salão, que vinha ganhando espaço importante na década de 80. E as regras eram muito diferentes.

Vale destacar que o Brasil aceitou mais as regras do futebol cinco do que elas para o futebol de salão. As mudanças mais radicais foram no tamanho e peso da bola, na validade do gol dentro da área e, mais recentemente, na cobrança de lateral com os pés. No Brasil as regras levaram um bom tempo para serem adotadas. Para não chocar, os dirigentes decidiram implantá-las lentamente, até que os salonistas se acostumassem com as regras anteriormente adotadas.

É nesse ponto que entram coisas importantes. O Jornal do Futsal promoveu pesquisas, debates e muitas reportagens com os jogadores, técnicos dirigentes e torcedores, sobre a validade dessas mudanças.

Além disso, publicou pela primeira vez no Brasil as regras oficiais da FIFA para o Futsal. Até mesmo dirigentes influentes não conheciam as regras na sua totalidade, apenas no que era transmitido pelos dirigentes, que escondiam, ou não conheciam, muitas coisas. E, além de publicar as regras na integra, o Jornal do Futsal promoveu um torneio em São Paulo com as novas regras e bola. Até para conseguir a bola foi uma dificuldade, pois a Penalty, fornecedora de bolas para a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, ainda estava desenvolvendo a nova bola. Mas mesmo assim Jornal do Futsal promoveu o torneio com as regras e a bola, que atualmente são utilizadas.

No resumo do torneio publicou pesquisa com jogadores e torcedores sobre essas regras. Podemos dizer que elas foram aprovadas por uma boa parte dos salonistas. Exceção sempre feitas a alguns itens da regra que ainda hoje não agradam, como o lateral com os pés. Portanto, nosso periódico continua esse trabalho de divulgação deste esporte que é muito pouco apoiado pela mídia brasileira, principalmente a paulista. Atualmente o Jornal do Futsal tem periodicidade quinzenal, com 8 mil exemplares, que são distribuídos nas quadras, principalmente de São Paulo. Mas, via correspondência, também para todo o Brasil.

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