Deu empate na primeira final da Liga Futsal

Malwee/Jaraguá e Atlântico de Erechim empataram em 2 a 2 no primeiro confronto da decisão da Liga Nacional de Futsal, disputado nesta segunda-feira no Ginásio Poliesportivo Jaimir Antônio Pinto, em Tapejara, norte do Rio Grande do Sul, que ficou totalmente lotado com 5.500 torcedores.
Com o resultado, quem vencer o segundo confronto, no próximo domingo, às 12 horas, em Brusque (SC), garantirá o título da décima edição da Liga. Caso haja um novo empate uma partida extra, também em Brusque, será realizada na quarta-feira 14.
Foi uma partida digna de final de campeonato. Muito diferente do tradicional esquema burocrático. As duas equipes queriam a vitória logo no primeiro confronto, o que deixou o jogo aberto, com a marcação sob pressão, exigindo muito dos jogadores.
Nesse tipo de jogo qualquer erro é fatal. E foi o que aconteceu. Os gols saíram de erros individuais e coletivos e só não aconteceram mais gols porque a arbitragem pecou demais em lances cruciais.
Mas, se o Rei Falcão errou, e num desses deslizes o Eric tomou a bola e fez o segundo do Atlântico, como fazer com que os árbitros não errem. O pior é que foram erros grotescos. Pelo menos três pênaltis claros não foram marcados.
No primeiro tempo o goleiro Bagé da Malwee saiu com os dois punhos socando a cabeça do pivô Vereia, que recebeu lançamento e tocou de cabeça para fora. Bagé trocou a bola pela cabeça do Vereia e nada foi marcado. No segundo tempo foi a vez do Xande, também da Malwee, desviar a bola com a mão e nada ser marcado. Mas não foram apenas os catarinenses que cometeram pênalti. Num bate-rebate dentro da área do Atlântico, Sassa defendeu com a mão um chute que fatalmente entraria no gol.
Nada demais para um jogo que logo aos 59 segundos teve o placar aberto em pênalti cometido pelo Leco em cima do Vereia. Edgar bateu e fez o primeiro gol do jogo, a favor do Atlântico.
A torcida, na grande maioria, do Galo da Serra, vibrou como se fora o título. A partir do gol os mandantes passaram a jogar com o apoio do goleiro Ivan, enquanto a Malwee conseguia chegar apenas com chutes à longa distância. Porém aos 6 52 Waldin, com oportunismo, igualou o marcador em 1 a 1, após cobrança de escanteio.
Com o tento os visitantes passaram a dominar a partida e quase chegaram à virada com Xande, que finalizou um cruzamento praticamente embaixo da trave, mas o goleiro Ivan acabou salvando o Atlântico. Na seqüência, aos 14 30, Eric roubou a bola do Falcão, no centro da quadra, tabelou com Edgar e finalizou no canto direito, sem chances para Bagé. Com a desvantagem, a Malwee mais uma vez foi para pressão, mas pequenas falhas individuais impediram que o time chegasse à igualdade ainda na etapa inicial.
O segundo tempo foi marcado pelo equilíbrio e ofensividade de ambos. As duas equipes passaram a atuar em função do contragolpe que uma proporcionava a outra. Os catarinenses, no entanto conseguiam levar mais perigo à meta adversária. Tanto que aos, 28 46, o fixo Antônio chutou de longe e o goleiro Ivan falhou, proporcionando o segundo gol da equipe de Jaraguá do Sul. "A bola veio muito forte e tinha muita gente na frente, tentei encaixar e de repente ela passou. Talvez se eu tivesse ido para espalmar ela não entraria. Mas vida de goleiro é assim mesmo. Fiquei contente pelo apoio que o torcedor me deu logo após a falha, foi importante para que eu pudesse recomeçar", explicou-se o arqueiro.
A partir da igualdade no marcador, as duas equipes continuaram a jogar nos contra-ataques, mas as oportunidades de gol pararam nas defesas. Ao apito do juiz os dois treinadores concordaram com o placar igual. "Foi um resultado justo. As duas equipes jogaram muito bem, agora vamos para Brusque, e lá temos que tomar muito cuidado, pois o Atlântico é muito perigoso", advertiu o treinador da Malwee, Fernando Coelho Ferreti. Já Paulo Mussalem, comandante da equipe de Erechim, determinou: "Também achei que houve justiça no placar. Mas o importante é que fizemos um jogo de igual para igual e digo que nosso time é de muita superação. Estamos no páreo e temos condições de voltar de Santa Catarina com a taça".
Para o ala Falcão, o placar foi importante para a Malwee. "Nós não podíamos sair daqui hoje com a derrota, e conseguimos isto. Assim não vamos jogar tão pressionados, como foi a partida de volta da semifinal", disse o jogador referindo-se à derrota na partida de ida da fase anterior, para o John Deere, por 6 a 2. Já o pivô do Atlântico, Vereia, lamenta o fato de ter recebido o terceiro cartão amarelo, fato que o deixa fora da próxima partida da final. "É uma pena, mas vou torcer muito para os meus companheiros, e caso haja o confronto extra eu estarei a disposição do Mussalem".
A Malwee também terá um desfalque: o pivô Fio levou o terceiro amarelo e fará companhia ao Vereia, do lado de fora da quadra.

Ficha técnica:
Atlântico: Ivan, Tales, Giba, Edgar e Vereia; Marcelinho, Domênico, Gerson e Eric. Técnico: Paulo Mussalem.
Malwee: Bagé, Leco, James, Falcão e Xande; Antônio, Márcio, Waldin, Xoxo, Chico e Fio. Técnico: Fernando Coelho Ferreti.
Gols: Edgar (0m59s) e Eric (14m30s), para o Atlântico, e Waldin (6m52s) e Antônio (28m46s) para a Malwee.
Cartão Amarelo: Vereia (Atlântico) e Fio (Malwee).
Árbitro Principal: Lourival Francisco de Souza; Árbitro Auxiliar: Ismael Soares Saldanha/PR Anotador: Cleber Emil da Silva Hallberg/RS; Cronometrista: Alfredo Gartner/RS; Representante da CBFS: Humberto Branco de Freitas/RS.

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