Presidente Aécio faz sérias acusações a Bittencourt e a MKT

O presidente da Confederação Brasileira de Futsal, Dr. Aécio de Borba Vasconcelos, em entrevista exclusiva ao editor do Jornal do Futsal, José Luis Munuera Reyes, mostrou-se indignado com a entrevista concedida pelo seu antigo vice-presidente, Carlos Alberto Bittencourt, e adversário à presidência da CBFS na última eleição.
Dr. Aécio faz uma série de acusações contra o antigo parceiro de diretoria, bem como contra a MKT Sports, que organizou a Liga Futsal nas últimas edições.
"Acreditei na incapacidade dos outros e não tive a coragem suficiente de mostrar a ele que era incapaz e o tolerei até um ponto em que ele próprio resolveu fazer algo para me expulsar do futsal", disse sobre o ex-vice.
Rebateu ainda uma possível interferência no Imposto de Renda do adversário. "Para quem é absolutamente irresponsável ao ponto de declarar que tudo que recebeu nunca declarou ao imposto de renda e dizer que eu interferir é de uma maldade só de quem é hipócrita, incapaz de ser se considerada por quem quer que seja".
Quanto ao pagamento de salário ao Bittencourt pela Liga, a Confederação não reconhece. "A Confederação nunca pagou nada a ele porquê é proibido qualquer dirigente da entidade fazer serviço remunerado. Agora, se ele encontrou artifícios dirigindo a Liga, sem cumprir as exigências legais, aí é uma pergunta que ele é que tem que explicar como tirou dinheiro da Liga indevidamente", afirma Aécio.
Nada estranho para quem chama a MKT Sports de empresa de tramóias. "Tudo era prestado conta através da MKT, que é uma empresa de falcatruas, de irresponsabilidade. E dentro dessas tramóias, fizeram coisas que você não pode acreditar que existiram."
Aécio acusa que a intenção de Bittencourt era tirar dinheiro da CBFS. "Queriam era administrar e tirar dinheiro dela. A finalidade era só essa na Liga. Tanto que ganharam tanto que acharam que se tomassem conta da Confederação teriam muito mais amplitude pra fazer as falcatruas que fizeram na Liga."
Já o relacionamento com a DalPonte, fornecedora de material da CBFS, na visão de Aécio, não está abalado, apesar das evidências. E também faz acusações de benefícios indevidos. "A DalPonte tinha mais presença nos certames brasileiros do que a própria Confederação. Eram elementos ligados a ela que faziam, botavam faixas que não tinham contrato com o nome da DalPonte, uma série de coisas."
Confira a entrevista:
JF- Em 2005 o futsal brasileiro está em novo ritmo, várias competições. A CBFS, diferentemente de anos anteriores, ajudando as Federações, os clubes. Como está essa nova temporada do futsal brasileiro?
Aécio- Nós sempre tivemos esse propósito de fazer da CBFS modelar no Brasil inteiro. E assim ela foi em todos esses anos na parte administrativa e financeira, como um exemplo maior a ser seguido por qualquer pessoas que queira ter uma vida retilínea. Tanto que até hoje, com 26 anos e tanto de fundada, a Confederação nunca pagou um título com um dia de atraso. A CBFS tem sua vida administrativa regida por programa de computação, como todos os outros setores. E tudo na organização da CBFS é modelar, inclusive para as federações de maior potencial econômico, de maior profissionalismo e não tem o espírito que teve.
Na parte técnica, infelizmente nós tivemos uma má administração. E digo má administração não é porque alguém tenha administrado de maneira ineficiente. Eu digo que foi uma má administração porque eu, como presidente, deleguei a quem não teve condição de fazer da mesma maneira como era nas outras áreas da nossa entidade. Perder dois mundiais, seis títulos internacionais em menos de oito anos é uma coisa que não se justifica, pela potencialidade e maneira como o Brasil sempre atuou. Em ambos os campeonatos que a seleção brasileira perdeu, foi considerado o melhor atleta da seleção brasileira, o artilheiro, primeiro e segundo lugar, a maior artilharia, a defesa menos vazado, fair-play da competição, demonstrando melhor postura na quadra, atendimento a todas as exigências.
Enfim, todas as outras ações, que não sejam ganhar, fruto de organização, de trabalho e de algo proveitoso, foram evidenciados nesses dois últimos mundiais e nos certames que intercalaram nos últimos 4 anos. Então é uma deficiência inegável e esse ano, graças a nova equipe formada, está totalmente recuperando, tanto que já fizemos 15 partidas com equipes internacionais de vulto, como da Ucrânia, Paraguai, Equador e Croácia e até agora não tivemos nenhuma derrota, o que evidencia que a coisa está tendo uma nova configuração.
Pra você ter números, que é um jornal que sempre se dedicou ao futsal e que vive levando aquilo que há de realidade e de evidência para o conhecimento do público, nós temos alguns números que você deve saber e os considerar incontestável. Nós temos uma equipe que convocou ao longo desses 4 anos em que perdemos dois mundiais, 50 atletas. Com 7 meses de administração, a nova direção técnica já convocou 64 atletas, evidenciando que não há mais a determinação de alguns interessados em fazer a seleção da maneira que lhes convém. Então, são números de uma evidência insofismável.
Vamos falar em Liga. No ano passado a Liga distribuiu para as equipes R$ 178 mil. Esse ano, a Liga distribui mais de R$ 900 mil. E nós perdemos? Perdemos não. Antigamente se dava ao clube local duas placas e ao visitante uma. Nós achamos que os patrocinadores são os que proporcionam o melhor índice técnico à equipe. Então, se você tira deles a obrigatoriedade de gastar dinheiro com passagem, com alimentação, com arbitragem, enfim, de ter obrigatoriedade de subsidiar apenas a contratação de jogadores, é uma alternativa que não pode sofrer contestações. Nós tivemos nos últimos 5 anos, levantado estatisticamente, 93% das competições brasileiras disputadas no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Se nós acrescermos o Rio de Janeiro, que teve quase 3% dos certames disputados nesse período, sobraram para os 21 estados do Brasil pouco mais de 3% dos certames nacionais realizados. Esse ano nós realizamos no Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. Há 20 anos Rio Grande do Norte não fazia uma competição, fez esse ano. Paraíba, Sergipe foi pras finais pela primeira vez. Veio time do Amapá, do Acre, com a classificação há o aparecimento de atletas no Brasil, foi uma comprovação insofismável de que quando se tem oportunidade deles participarem dos certames eles aparecem. Você vê, por exemplo, o time do Rio Grande do Norte. Foi pra última Taça Brasil e quase se classifica, perdeu no último dia, dependia de um empate. Agora, empatou com São Paulo e deu um trabalho grande para a derrota que teve. Então, os times que vêm de outros cantos, que nunca vieram, tinham potencial. Não tinham possibilidade de vir da maneira como era conduzida a área técnica da Confederação. E esse ano ela se realiza em todos os recantos do Brasil, mostrando que onde tiver algum jogador, e nesses campeonatos já saíram inúmeros jogadores para o Rio Grande do Sul, para Paraná, São Paulo, pra Minas  e pra outros centros de maior potencialidade econômico.
JF- O senhor é presidente da CBFS a praticamente quase toda sua existência. Teve um mandato do Dr. Álvaro, os demais foram seus. Por que somente agora estamos tendo essa incrementação? É patrocínio? A gente sabe que em certo período o senhor era deputado federal e delegava a Carlos Bittencourt e a outras pessoas a condução da CBFS. Mas basicamente nos últimos 4 ou 6 anos o senhor se dedicou mais e só agora estamos vendo essa incrementação. Por que não antes?
Aécio- Porquê eu tive a pouca sorte de acreditar nas pessoas e saber que elas não eram tão ordinárias quanto mostraram na sua personalidade. E foi exatamente isso mesmo que eu já confessei. A culpa é minha. Porquê acreditei na incapacidade dos outros e não tive, pela amizade, pela relação familiar, por querer bem, como eu queria ao vice-presidente da CBFS, não tive a coragem suficiente de mostrar a ele que ele era incapaz e o tolerei até um ponto em que ele próprio resolveu fazer algo para me expulsar do futsal e dar oportunidade a ele. Mas não precisa eu responder essa pergunta a você não. Basta ler a entrevista que ele deu a você em que ele diz que quem mandava na Confederação e quem fazia tudo era ele.
JF- Mas por que ele como vice mandava e não o senhor como presidente nem percebeu alguma coisa errada, porquê nós perdemos dois mundiais, então são trabalhos de oito anos?
Aécio- Não, trabalho de quatro, porquê o campeonato se realiza de 4 em 4 anos.
JF- Sim, mas tem uma preparação antes do Mundial, pelo menos dois anos de antecedência. Como hoje, por exemplo, nessa nova gestão, a seleção brasileira já está se preparando para o próximo Mundial?
Aécio- Aí você deveria perguntar a ele, por que é que ele foi tão ruim e tão mal administrador.
JF- Desculpe, o que eu pergunto, ele tem uma parcela de culpa enorme, mas pergunto é se o senhor já teria notado isso antes da eleição ou só com a eleição?
Aécio- Isso você sabe melhor. Você próprio divulgou, e a revista Futsal Magazine, a declaração dele de que havia recebido de mim a informação de que não o apoiava de maneira alguma e que queria um candidato de conciliação para que eu pudesse apoiar esse candidato já que eu, velho como sou, com 75 anos de idade, não tem mais aquela potencialidade física que eu exerci para dirigir a parte que ficou a minha direção. O que eu deleguei a outros é que está em questão e você só pode perguntar a ele por que foi tão mal administrador e trouxe tantas inconseqüências para o futsal. Essa história de dois anos de preparação anterior da seleção é outra pergunta que eu acho que você deve fazer: por que é que você não preparou a seleção convenientemente, se ele confessou na entrevista que concedeu que era quem mandava, quem decidia e fazia tudo na área técnica.
JF- Isso a gente já sabia e divulgou, inclusive quando a Confederação contratou o Vander Iacovino para técnico da seleção em 2000, o Jornal do Futsal publicou em seu editorial que se a seleção fracassasse no Mundial o único e exclusivo responsável pela derrota seria Carlos Bittencourt, porquê ele estava tirando um atleta da quadra para transformá-lo em técnico da maior seleção de futsal do mundo. Isso a gente já sabe, as incoerências e erros que ele cometeu com relação a seleção brasileira foram inúmeros. Mas a questão e informação que a gente tem é que quando houve essa cisão entre o senhor e o Bittencourt foi mais porque havia um pacto de se falar em eleição após o Mundial e esse pacto foi quebrado com o presidente Léo Fraga da Federação Gaúcha o lançou candidato entes do Mundial. Seria esse o problema de não haver a conciliação ou o senhor se deu conta de que tinha coisas erradas antes disso?
Aécio- Eu declarei a ele, peremptoriamente convidei a ele e Vicente Piazza, isso foi fruto de correspondência minha a todos os presidente de federações para encontrarmos uma maneira de não se tratar de eleição porquê eu não o apoiaria.
JF- Isso já estava decidido antes mesmo dessas conversas?
Aécio- Muito antes. No início do ano de 2004, que era o ano da eleição, eu o chamei a Fortaleza e declarei peremptoriamente a ele, na presença do Jaime Walker e do Leonildo Dal Ponte, que a finalidade de apadrinhá-lo para que ele fosse o candidato, e eu disse a ambos que ele não tinha competência e nem possibilidade de dirigir uma entidade do porte da organização de uma Confederação Brasileira de Futsal. Que não tinha nem para dirigir a parte técnica que foi entregue a ele avalie para ser o presidente de todos os setores que é muita coisa para quem não sabe ler, escrever e nem cotar.
JF- Falando em eleição, o Carlos Bittencourt declarou que o senhor teria interferido no Imposto de Rende dele e por isso ele não conseguiu tirar a certidão negativa. O que há de verdade?
Aécio- Queria eu ter potência para interferir na Receita Federal e dimensionar a maneira dela fazer. Para quem é absolutamente irresponsável ao ponto de declarar que tudo que recebeu nunca declarou ao imposto de renda e dizer que eu interferir é de uma maldade só de quem é hipócrita, incapaz e de uma maldade inveterada incapaz de ser se quer considerada por quem quer que seja.
JF- Aliás, falando nesse assunto, a Confederação quando pagava ao Bittencourt pelo trabalho que ele exercia na Liga Futsal, esse valor era declarado?
Aécio- No duro, no duro, é uma pergunta que você deveria fazer a ele.
JF- Sim, mas ele já declarou que não declarava no Imposto. Mas e a parte da Confederação?
Aécio- A Confederação nunca pagou nada a ele porquê pelo estatuto da Confederação é proibido qualquer dirigente da entidade fazer qualquer serviço remunerado. E ele, como vice-presidente que era, não tinha capacidade de se remunerar. Agora, se ele encontrou artifícios dirigindo a Liga capaz da Liga pagar a ele, sem ter recibo, sem ele declarar, sem cumprir as exigências legais, aí é uma pergunta que ele é que tem que explicar como tirou dinheiro da Liga indevidamente.
JF- A Liga é uma competição da CBFS, apesar da independência que se propaga, que tem conta própria, mas a Liga não tem estatuto. Como ele poderia gerenciar isso sem nenhuma interferência da CBFS ou sem a presidência da entidade notar?
Aécio- A presidência sabia e delegou a ele para dirigir a Liga. A Liga é uma franquia, não é da Confederação. É uma franquia permitida pela Confederação, prevista na Lei 9615 e consequentemente com toda autonomia de se organizar, de fazer, de programar jogos e ter todas as suas autoridades. E isso é um dispositivo legal que impõe essa condição de liberdade para as ligas fazerem sua própria administração. Tanto que a Confederação não lança um centavo da Liga na sua contabilidade. Ela é toda da Liga, tudo era prestado conta através da MKT, que também é uma empresa de falcatruas, de irresponsabilidade. Também com o fisco. E dentro dessas tramóias, fizeram coisas que você não pode acreditar que existiram. Você vê pelos números que lhe dei. Perdendo as placas que foram dadas voluntariamente aos patrocinadores, responsáveis pelas equipes, aumentando de duas para quatro, consequentemente deixando de pagar a Liga e perdendo a Nova Schin, a Ourocap, a Petrobrás, a Moreflex e outras, seriam R$ 600 mil. Perdendo tudo isso ela ainda fez oito vezes o que distribuíram na Liga anterior. Então, você há de convir que a coisa não é muito clara de se explicar.
JF- Eu acompanho a Liga desde o início, da sua criação em 1996. A Liga não tem estatuto, a não ser que tenha sido criado nesse último ano. Não tem uma vida jurídica própria, não é uma entidade. Quando se tentou criar a Liga, estatutariamente, em reunião na GM, em São Caetano, o Bittencourt mandou rasgar tudo o que estava ali e que se aparecesse algum contrato desse tipo na CBFS ele rasgaria. Então foi abortado a criação oficial da Liga estatutariamente. Hoje existe essa oficialização jurídica da Liga ou ela funciona através da Confederação?
Aécio- Você já fez a resposta. Estatutariamente não existe nada porquê a Liga é prevista na Lei. São clubes que se reúnem e organizam a Liga. É isso o que a Lei diz. E tem que se dar conhecimento e autorizado pela entidade aos quais os clubes são filiados para efeito de manutenção da vinculação dos jogadores e do controle desta vinculação. É a única exigência que a Lei faz. É a Federação autorizar que a Liga se instale. Não tem mistério nenhum. Ela não tem estatuto, não tem função porque nunca quiseram dar. Queriam era administrar e tirar dinheiro dela. A finalidade era só essa na Liga. Tanto que ganharam tanto que acharam que se tomassem conta da Confederação teriam muito mais amplitude pra fazer as falcatruas que fizeram na Liga.
JF- Hoje quem controla a verba, as contas da Liga Futsal?
Aécio- A própria Liga. Tudo que ela vota, ele quem determina, quem vota o orçamento, é ela quem destina recurso, quem autoriza. Nós temos apenas funcionários para exercer isso, remunerados pela Liga. Alguns, para ser bem claro, não gosto de fazer sofisma, são  os próprios funcionários e até membros que atuam na Confederação. Isso é na parte técnica, de arbitragem, na administração, financeira. Existem funcionários que são algumas vezes ligados à Confederação e o fazem para a Liga o mesmo serviço se remunerando, trabalhando em horas extraordinárias, e são para tratar e organizar. E a prestação de contas não é sequer passada pela Assembléia Geral da Confederação. A Confederação não lança, no recebimento dela, nenhuma recebimento da Liga. E durante esse período todo foi autorizado, eu posso lhe mostrar – tudo o que estou dizendo e você quiser ver oficialmente em documentos absolutamente comprobatórios, ou pergunte, indague a Penalty, a DalPonte, a Umbro, a Topper, que já foram patrocinadoras de bola durante a Liga, se elas pagavam a Confederação ou se pagavam a MKT, a Universe Sport, ou quem dirigiu a Liga.
JF- Então a conta bancária da Liga eram dessas empresas?
Aécio- Elas tinham e recebiam e o que elas recebiam diretamente elas faziam não sei como. O que era feito através da Confederação, como por exemplo nosso contrato com a Sportv. A Sportv pagava um valor a Liga. Esse dinheiro entrava em nossa contabilidade e passava para a MKT. E as despesas, os pagamentos e todas essas coisas eram pela MKT. Está decidido em inúmeras atas que você acompanhou e deve ter ouvido e visto nas prestações de contas dos recursos através dessas empresas que eram contratadas para dirigir a Liga.
JF- E hoje como funciona, a própria Confederação que gerencia a verba da Liga com exclusividade, ou tem outra conta que cuida da Liga?
Aécio- O que nós demos foi moralidade à Liga. Diziam que nenhum franqueado admitiriam deixar a Liga ser controlada, ou dirigida, ou organizada pela Confederação. Como é uma autorização dela, nós dissemos aos franqueados: `se vocês quiserem a Confederação abre mão. Se vocês admitirem que a administração através da Confederação satisfaz ao que vocês querem a Confederação faz`.  Então, o que nós fizemos foi ver todos os franqueados compareceram a reunião em 11 de fevereiro e disserem `não, nós não queremos nada, estamos cientes do – não sei nem dar o termo, porquê é tão pernicioso que não dá pra gente decorar ou se familiarizar com avaliações desse porte. A coisa é tão enrolada. Dois franqueados levantaram e deram a Confederação todos esses estudos sobre o que faziam com o dinheiro que entrava na Liga e pedindo providências à Confederação para coibir que isso continuasse. E o que a Confederação fez foi aceitar essa imposição dos franqueados e pôs a disposição a organização de um trabalho para gerenciar e dar transparência, honestidade e dignidade a administração da Liga.
JF- O Carlos Bittencourt alega que existe uma série de irregularidades na Confederação. Isso existe ou existiu?
Aécio- Olha, se existe foi realizada por ele e eu não vou lhe defender, dizer que ele não estendeu ao que ele fazia habitualmente, onde ele mandava, dentro da Confederação, talvez usando da autoridade de vice-presidente. Não o estou acusando. Estou dizendo que se essas irregularidades existem foram praticadas por ele, porque dentro da Confederação eu desafio, a qualquer pessoa, da Receita, de onde for uma autoridade e ela já foi submetida, por iniciativa do Carlos, há 11 processos movidos contra a Confederação pela eleição. E derrotado em todas elas. Inconformado, ele foi ao Ministério da Fazenda, e através de sua secretaria executiva fez denúncias absurdas, que foram logo constatadas como inteiramente inadmissíveis. Fez aos Correios denúncias de que nós teríamos gasto R$ 370 mil dos Correios para ir ao Irã e o Irã era quem tinha financiado as passagens e nossa estadia lá. Os Correios examinou a prestação de contas da Confederação com ele e constatou que só tinha sido gasto com essa excursão do Irã R$ 11 mil. R$ 4 mil e tantos numa pernoite em Frankfurt, na volta um jogador foi direto pra Espanha e só foi R$ 3.900 mil e outros R$ 2 mil de seguros e R$ 1 mil e pouco de um café da manhã. Então, tudo isso demonstrou a quem foi feito denúncia sem nenhuma responsabilidade nem de dizer algo de concreto, mesmo que não fosse comprovado ou que pelo menos fosse evidenciado. Não existiu. E tem juízes que no despacho deles foi que é absolutamente uniforme a decisão de que alegar e não provar é o mesmo que não alegar, consequentemente indefiro o pedido e tal. Foi feito para a Procuradoria da República denúncias de que a eleição foi feita de maneira irregular, que ele é que teve maioria, que não sei o que e tal e coisa e a presidente da Procuradoria, que é uma promotora, pediu a nós as informações. Nós juntamos toda a documentação da eleição, inclusive o Ministério Público, que foi designado pela procuradoria do Ceará e mandou uma pessoa para examinar quem podia e quem não podia votar, de acordo com a Lei. A Procuradora atestou e assinou todas as cédulas, fez toda a conformação jurídica e técnica da eleição. E a procuradora Geral da República, a quem foi deferido o processo ao final de informado e tal diz: `a parte denunciante deixou de anexar documentos absolutamente comprobatórios da inveracidade da coisa. Arquive-se.` Quer dizer, essas irregularidades que ele diz que existem já denunciou a quem pode e até a quem não deve, porque ele incluiu na entrevista que fez a você a OAB, que é um órgão ao qual pertenço por ser advogado, e não tem nenhuma condição de fazer qualquer averiguação ou qualquer coisa que foi denunciado. E até agora não tem nenhuma constatação da mínima falta de absoluta regularidade das coisas da Confederação.
JF- O senhor Carlos Bittencourt disse que ainda vai lutar na Justiça pra reverter o quadro da eleição. Pode ter alguma coisa que ele possa buscar?
Aécio- As vezes a coisa, quando chega a uma irresponsabilidade e falta de ética, dignidade e moral, dá pena a pessoa ver naqueles que praticam assim atitudes tão indignas. Eu tenho pena do Carlinhos, porque sonhar é uma coisa que até a gente que não tem grandes aspirações sonha. Sonha até com uma namorada bonita. Então sonhar é uma coisa que todo mundo tem aspirações imaginárias de alcances infinitos, mas esse sonho dele eu não sei. Como é que o sujeito vai à Justiça, que o órgão de analisar a coisa. Vai a 11 locais diferentes, perde todas. Vai a procuradoria, manda-se arquivar o processo. Vai a Receita Federal, manda arquivar a denúncia por inverídica. Vai ao Correios e se ofereceu até pra ir a CPI. Mas não mandou nada que pudesse interessar a CPI dos Correios e envolveu até a Hortência, que é uma musa do esporte brasileiro, com denúncias de que ela fez isso, aquilo e aquilo outro. Então, o sujeito que chega a esse ponto dá pena pra gente. Eu confesso que tenho dó da situação que ele está vivendo.
JF- Com relação a eleição, a DalPonte teria sido barrada na porta da Confederação e não pôde participar. O relacionamento da Confederação com a DalPonte ficou abalado não só naquele momento como em algumas conversas anteriores. Hoje como está o relacionamento da fornecedora de material esportivo com a CBFS?
Aécio- Você está me dando essa informação de que ficou abalada por você ter conhecimento de alguém da DalPonte se sentiu abalado com isso?
JF- Pela própria entrevista com o Bittencourt e pelas ações que a DalPonte tinha com a Confederação antes da eleição e posteriormente a eleição que é totalmente diferente.
Aécio- Bom, eu desconheço qualquer coisa. O nosso relacionamento é o mesmo, é a nossa fornecedora de material com o compromisso de nosso contrato até 2009, prorrogado por iniciativa do Carlinhos, que é representante da DalPonte na Bahia, e aceito pelos demais diretores, não foi ele quem prorrogou, ele propôs, defendeu e a diretoria encampou. Mas eu não tenho conhecimento de nenhum abalo. Se eles estão abalados com nós não estamos com eles. Estamos recebendo nosso material, estamos conversando. Ainda agora, em Brusque, o Leonildo Dal Ponte e o Jaime Walker estiveram em Brusque tratando de materiais para as federações, para a seleção durante muito tempo, para as Ligas, que eles estão oferecendo a bola etc. E eu não sei qual é esse comportamento que você está enxergando ou se foi declaração do Carlos de que há incompatibilidade entre nós. Que eu conheça não deixou de ser cumprido um milímetro do contrato que nós temos com a DalPonte. E o mesmo que eu digo, até hoje eles não deixaram de cumprir coisa nenhuma com a gente. Se isso se constitui abalo, não é de meu conhecimento.
JF- Em cumprimento do contrato não discuto que deva estar ocorrendo tudo bem. Mas num evento como este que está acontecendo – Brasileiro de Seleções – a DalPonte sempre esteve de corpo presente, com seus principais diretores acompanhando e trabalhando junto. Em eventos da seleção a mesma coisa, dirigentes da empresa participando, viajando junto. Hoje isso não acontece. É óbvio que esse tipo de postura não faz parte do contrato. Mas, por que esse comportamento diferente?
Aécio- Bom, então era isso que eu ia perguntar, se isso consta do contrato. Ou se ele era obrigado a vir por qualquer circunstância. Quer dizer, ele vinha por conta própria, então se deixou de vir só ele pode dizer porque é que deixou. Mas eu lhe digo, pelo conceito que o seu Jornal, a sua dedicação, pelo futsal tem consequentemente ficar bem informado das notícias, era porquê a DalPonte tinha mais presença nos certames brasileiros do que a própria Confederação. Eram elementos ligados a ela que faziam, que diziam aonde botavam as placas, quantas botavam, botavam o apanhador de bola com nome da DalPonte, botavam o banco com o nome da DalPonte, botavam faixas que não tinham contrato com o nome da DalPonte, uma série de coisas. É óbvio que no momento em que esse contrato deles, que não era conosco, o contrato era com a MKT, até nós chegarmos e vimos o contrato com a MKT que a própria DalPonte mandou pra gente, tendo todos esses direitos. Mas eram direitos com a MKT. No momento que ela deixou de ser nossa representante de marketing, consequentemente nós não podíamos dar cumprimento a um contrato pelo qual nós não recebíamos nada. Então isso não considero abalo de relacionamento, nem deixar de vivenciado, nem coisa nenhuma. Se há essa mágoa pode ser deles. Mas de nossa parte não há nada, nada, nada contra a DalPonte.
JF- Esse contrato que a DalPonte tinha com a MKT não foi interessante pra Confederação também fazer um contrato parecido com a DalPonte pra manter a empresa mais ativa? ou não houve interesse de ambas as partes?
Aécio- Nós perguntamos várias vezes, pela nova equipe, que é própria da Confederação, se eles gostariam de ter e eles diziam que tinha dez vezes o valor que tinham no contrato e que não nos podiam pagar o que tinha sido estimado pela Confederação. Quer dizer, não é falta de descumprimento, nem nada, era uma coisa que não era conosco. Então quem devia, se tivesse honrabilidade, era o dono da MKT de chegar e pagar o que ela assumiu de compromisso nos pagar para que fosse realizado. Agora, sem a Confederação receber nada, nem sequer saber que existia esse contrato, é algo que tem que ser providenciado pra não continuar na inércia que em algumas coisas a presidência tinha de não admitir que fossem tão audazes e tão cheios de mau versação como nós constatamos.
JF- A empresa tinha vantagens adicionais, talvez pelo relacionamento do Bittencourt com a empresa?
Aécio- Eu acho que sim. Se eles fizeram e a Confederação não tinha conhecimento é porquê usufruíram benefícios que não eram normais e nem deveriam ter seqüência.
JF- A seleção brasileira foi para o Mundial da China e a Confederação pagou despesas dos presidentes das Federações, com passagens, estadias e deu uma verba para que os presidentes se mantivessem naquele período lá. Segundo o Bittencourt alguns presidentes solicitaram que o dinheiro fosse depositado em suas contas particulares porque não teriam como prestar contas nas suas federações. Isso aconteceu?
Aécio- O problema de convidar todos os 27 presidentes das federações e dar a eles hospedagem e passagens foi assunto deliberado em reunião de diretoria, aonde o senhor Carlos Bittencourt foi o maior defensor que isso ocorresse. Então foi aprovado unanimemente, conforme consta na ata em que esse assunto foi submetido. Se não houve nenhum protesto é porque todos, como eu, reconhecemos que o presidente de Federação é um sacrificado. É uma pessoa que no seu estado faz o que nós fazemos em âmbito nacional sem remuneração, dispondo muito do seu tempo e dando realmente um incentivo ao desenvolvimento e ao crescimento vertiginoso que o futsal tem obtido ao longo de seus 40 anos de vivência. Convidá-los foi uma atitude unânime de todos os presidentes, era uma homenagem que se fazia. E por que que ocorreu esse convite? Nós tínhamos reservado, com a prudência que a parte administrativa e financeira da Confederação tinha, R$ 300 mil em 2002 e R$ 300 mil em 2003 para prevenir a eventualidade de não ter alguém que patrocinasse a Confederação a ponto de proporcionar treinamento e condição dela ir ao mundial. Desse dinheiro era reservado gratificação para o técnico e todos os atletas que fossem campeões. O Correios entrou no ano passado dando a metade do que está dando no corrente ano, então nós passamos a ter um alívio. E coincidentemente nem fomos campeões, não tivemos que dar nenhuma gratificação a quem quer que seja e tivemos uma economia de tudo aquilo. O presidente da Federação Baiana, da qual o senhor Carlos Bittencourt reside, mora e diz que manda e que é ele o dono também da Federação da Bahia foi quem nos fez a solicitação para que os presidentes que eram das federações pobres e que não tinham condições financeiras para almoçar e jantar durante o campeonato, fosse dado a eles R$ 2.500,00 para que eles fizessem essas despesas em Taipei. Isso foi tudo aprovado pela diretoria, e foi dado a eles. Se alguns presidentes, e depois dessa entrevista, pude constatar tinham bloqueado ou suspensas contas de federações porque a federação não tinha sequer regularidade na Receita Federal. Muitos deles não tinham nem mudado na Receita o nome do presidente que assumia, consequentemente não tinha como se transferir dinheiro para federação que não tinha nem conta bancária. Como a oferta foi para todos os 27 presidentes alguns, não me lembro, dois ou três, não tinham condições de receber através da federação. E lhes foi dado através de transferência nominal a todos três. Então não vejo nenhum pecado nisso e nenhuma responsabilidade da Confederação, a não ser de toda sua diretoria que aprovou todas essas ações unanimemente.
JF- Quando da reeleição anterior as federações do sul e sudeste, não na sua totalidade, não queriam a reeleição do senhor, queriam nova chapa. No final houve consenso para que se mudasse apenas o vice-presidente. Na oportunidade, o Jorge Kudri, presidente da Federação Paranaense (já falecido), e o próprio Dr. Ciro Fontão, presidente da Paulista, alegavam que não queriam sua reeleição porque não aceitavam a prestação de contas da Confederação, que não batiam. O que na verdade existiu naquela reeleição, que inclusive o senhor declarou que era seu último mandato?
Aécio- Você fala dessa atual ou da anterior?
JF- Da anterior.
Aécio- O Dr. Ciro declarou isso a você?
JF- O Dr. Ciro, na oportunidade, em entrevistas que a gente fez com o Kudri, o Ciro e o presidente da Federação de Santa Catarina fizeram essas declarações, que havia incompatibilidade e por isso queriam mudanças.
Aécio- Com relação ao Kudri, infelizmente ele faleceu, não posso fazer, mas desafio que você me confirme isso com o Dr. Ciro se houve essa inverdade que por ventura ele tenha dito, porque o Ciro, pessoalmente, foi um dos maiores responsáveis pela minha eleição anterior e pela atual. E tinha horror ao Carlinhos, como um sujeito intratável e tinha retratos do Carlinhos que denegriam qualquer presença e qualquer coisa. Então essa foi a postura dele em toda vida e foi um dos que lutou e nessa agora foi talvez o maior responsável, foi quem coordenou vários presidentes, cerca de dez inicialmente, e que não toleravam a eleição do Carlinhos em hipótese alguma. Se eu não aceitasse permanecer eles fariam outra chapa e iriam contra o Carlinhos. Quer dizer, você está me dando essa notícia de que é absolutamente inverídica, tenho isso por convicção porque na anterior foi o Ciro quem disse que eu era intocável, que a maneira de eu administrar, a decência e como era feito. O Kudri nunca me declarou isso. Nem eu nunca vi nenhuma entrevista de qualquer que seja que falasse da idoneidade e da credibilidade da Confederação.
JF- Nós temos as matérias ( http://www.jornaldofutsal.com.br/conteudo.php?cat=13 ). Na verdade, naquela reeleição o presidente Dr. Ciro Fontão indicou o vice-presidente, que foi o senhor Ernesto Nastari, do E.C. Banespa, que seria uma chapa de consenso. Inclusive em entrevista posterior a eleição o Nastari ficou chateado porque pensou que seria consenso mas quando chegou eram duas chapas, com ele em uma e o Piazza na outra. E na eleição o Dr. Ciro votou pela chapa na qual tinha o Nastari e ela foi derrotada.
Aécio- Eu vou esperar que você me mande essas declarações do Dr. Ciro para que eu tenha um convencimento de posturas ditas e exercidas totalmente diferentes, o que eu não admito pelo Ciro, pela amizade, pela receptibilidade, pela decência, pela maneira correta que ele é. Homem de todas as virtudes que você possa imaginar pra ter um personagem. Ele nunca me disse isso. Ele tinha restrições, em algumas reuniões de Assembléias ele disse que o Piazza não era a pessoa indicada pela Federação Paulista. Consequentemente ele desejava fazer uma chapa aonde constasse um nome indicado pela Federação e ele conseguiu alguns outros presidentes, o Kudri foi um deles, que foram me falar. E a minha resposta a eles foi que vice-presidente era uma eleição dos presidentes de federações e se eles tivessem outro candidato eles lançassem. Porquê o meu candidato, em homenagem a 25 anos de companhia, de trabalho, de postura constante em benefício do futsal eu era pela manutenção do Piazza e iria trabalhar pela reeleição dele. Agora, se eles quisessem botar qualquer outro diretor era atribuição minha e eu não mudaria, porque era autonomia minha de nomear. E fomos pra eleição e dos 27 eles tiveram 5 votos. Consequentemente quem procurou honrou a sua vontade de mudar o Piazza mas não conseguiu, porque 22 mantiveram o Piazza. Então é um acontecimento que não tem nada a ver com conta, nada a ver que não batiam. Agora, essa afirmação que você faz do então presidente, ou ex-presidente da Federação de Santa Catarina, eu acredito plenamente porquê é o maior crápula que eu já conheci na minha vida. Consequentemente qualquer declaração dele de maldade, de ignorância, de petulância, de arrogância, qualquer coisa desse tipo eu posso acreditar que ele é capaz de fazê-lo.
JF- Não estou falando do Hans, era do anterior, o Vilson.
Aécio- Não, o Vilson foi presidente a seis anos atrás. Nos quatro anos era o Hans, foi ele quem votou. Há uma contradição com o que você está afirmando porque quem fez essa pretensão e a aliança foi o Hans. O Vilson já tinha morrido na oportunidade, inclusive homenageado pela Confederação, que tem uma sala na entidade que é do Vilson.
JF- O técnico Gláucio de Castro entrou na Justiça Trabalhista com processo contra a Confederação, como está esse caso?
Aécio- Nós estamos surpresos com a atitude tão controversa como a que ele adotou e a solicitação de algo absolutamente impossível de ser pleiteado. No requerimento que ele fez chegou a uma indenização de R$ 2.588.000,00 porquê trabalhava 10 horas por dia preparando as seleções brasileiras, não tinha sábado, domingo, feriado, 13º mês, INSS, FGTS e coisa e tal. Durante todo esse período ele foi técnico da UCS, do Minas, da seleção do Maranhão e da seleção da Tailândia. Durante os quatro anos ele não teve nenhum momento que não estivesse empregado, com carteira assinada, férias, 13º terceiro, tudo pago por esses respectivos contratantes, que está absolutamente comprovado na contestação que foi feita a ele. Eu não gosto muito de dizer aquilo que não posso mostrar o que é. Mas acho que o Gláucio foi lançado como boi das piranhas, para ver se isso teria algum êxito e proporcionar a todos, e o próprio Carlinhos falou que iria pra Justiça pleitear o ajuste que ele tinha – eu não sei bem o que é – fazer juz do trabalho dele. O Gláucio foi o boi das piranhas. Vai lá e vê se tira alguma coisa, porque se tirar a gente vai pedir também. Penso eu, não vejo outra alternativa para que o Gláucio tenha agido dessa maneira.
JF- Não sei se esqueci de alguma coisa relevante, mas se tiver, fique a vontade para dizer.
Aécio- No fim eu quero lhe fazer um convite. Eu, não a Confederação, estou lhe convidando para ir a Fortaleza na hora e no dia que você quiser para chegar lá e eu mostrar o que o edital exigiu para que as chapas se apresentassem, como foi apresentada a nossa, como foi apresentada a do Carlinhos, que foi indeferida, dado prazo a ele para mostrar, nenhum complemento foi feito. Ele disse que eu interferir pra que ele não tivesse a certidão de Imposto de Renda. Você não acha que era preciso a pessoa ter muito prestígio para que uma pessoa andando direito e pagando as coisas dele em dia, alguém dizer que ele estava errado. É preciso ter muita autoridade que infelizmente eu não tenho. Tudo isso eu queria que você visse, porque está tudo feito, visse como o Ministério Público acompanhou, as declarações dela, as atas que foram registradas, a contabilidade da Confederação como é feito computadorizadamente, a inscrição de jogadores, o trâmite de qualquer processo, o arquivamento de tudo com uma identificação de no máximo 5, 10 segundos para você ter aonde e como localizar um ofício feito a 25 anos atrás, a 10, 5 ou dois dias. Você ver o que é a Confederação Brasileira pra quando você falar ter alguma coisa que você não diga só o que você está dizendo: me disseram. Eu vi, o que eu acho que é muito mais contundente ver do que ouvir. E você é meu convidado especial na hora em que você quiser.

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